TEMA: A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja em meio às Perseguições.
Palavra-Chave: Mentira
A palavra mentira significa numa declaração ou afirmação que é intencionalmente falsa ou enganosa, feita com a intenção de iludir alguém. É a oposição da verdade.
Principais características da mentira:
* Intenção: A pessoa que mente sabe que o que está dizendo não é verdade. A intenção é a de enganar, ludibriar ou esconder algo.
* Falsidade: A declaração em si não corresponde aos fatos ou à realidade.
* Engano: O objetivo é fazer com que outra pessoa acredite em algo que não é real.
Objetivos da Lição:
I) Apresentar a origem da mentira como uma estratégia de Satanás para enganar os crentes;
II) Mostrar que mentir é uma escolha moral e que todo crente deve rejeitar o engano;
III) Valorizar a santidade da Igreja e a necessidade de viver em verdade diante de Deus.
TEXTO ÁUREO
“Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5.3)
VERDADE PRÁTICA
Como toda forma de engano, a mentira é pecado. Devemos, pois, andar sempre na luz da verdade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 5.1-11
INTRODUÇÃO
Um casal, aparentemente despretensioso, achou que podia lucrar às custas da santidade da Igreja. Ao combinarem um ardil para enganar os apóstolos, Ananias e Safira estavam, na verdade, a serviço do Diabo, o pai da mentira. Nesta lição, aprenderemos que é possível um crente não vigilante estar a serviço do Diabo em vez de agir em favor do Reino de Deus. Foi exatamente isso o que aconteceu com Ananias e Safira tentaram obter lucro negociando valores do Reino. Como crentes não podemos usar de engano porque Deus sonda os corações. Cabe, portanto, a nós, nos afastarmos do pecado pelo temor do Senhor.
I- O DIABO, Ο ΡΑΙ DA MENTIRA
1- É da natureza satânica mentir.
É notório a ação do diabo na alma daquele que dá legalidade a ele.
Motivado pela cobiça, pelo desejo de obter lucro fácil, Ananias deu lugar ao Diabo, que o levou a mentir.
Vejamos, Atos 5:3.
Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
Vejamos as afirmações sobre o diabo.
Jesus afirma que o diabo é o pai da mentira.
Vejamos, João 8:44
Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Satanás está por trás de toda mentira e engano.
Vejamos, 2 Tessalonicenses 2:9,10
a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,
e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
Paulo também evidência esse espírito de engano.
Vejamos, Atos 13:10
Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?
2- A mentira como um ardil maligno.
A palavra ardil significa em uma ação ou estratégia usada com astúcia e esperteza para enganar, iludir ou obter alguma vantagem, é uma armadilha.
A Bíblia revela em Efésios 4:27
Não deis lugar ao diabo.
Satanás não obrigou nem forçou Ananias a mentir, apenas plantou a semente do engano e da mentira em seu coração.
O casal subestimou o ardil do Inimigo que possui a capacidade de induzir a fazer a coisa errada.
É possível que o casal tenha flertado com a possibilidade de lucrar e ter fama fingindo estar fazendo a coisa certa.
Mas quando buscadas com a intenção errada, se tornam pecado.
3- Não superestime o Inimigo!
A Bíblia nos orienta a respeito de duas coisas em relação ao inimigo.
Primeiro: Não podemos superestimar o inimigo.
Vejamos, Colossenses 2:15
E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Segundo: Não podemos subestimar o inimigo.
Vejamos, Efésios 6:11
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;
O Diabo é meticuloso e trabalha metodicamente para enganar os cristãos.
II- O CRISTÃO E A MENTIRA
1- Mentir é uma escolha.
Mentir é uma escolha que envolve a natureza moral.
Para haver responsabilidade moral é necessário que os nossos atos sejam feitos livremente, isto é, não estejam sob nenhuma força externa que nos obrigue a praticá-los.
Ananias e sua mulher, Safira, agiram livremente na questão envolvendo a venda de uma propriedade.
Vejamos, Atos dos Apóstolos 5:1,2
Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
2- Atraídos pela mentira.
Vejamos Atos 5:5
E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
Ananias e sua esposa quiseram obter vantagem com a negociação feita, mas sofreram implicações de suas decisões.
Viram nesse gesto uma oportunidade de obterem, além do reconhecimento, o lucro pelo patrimônio que fora vendido e, supostamente, doado.
Mas quem age de engano não prevalece.
Vejamos, Salmos 101:7
O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.
3- Mentir tem consequências.
Ao agirem assim, Ananias e Safira não pensaram nas consequências de suas ações.
O preço pago por essas ações foi muito caro custou-lhes suas próprias vidas.
Quantos crentes, muitos deles experientes, hoje lamentam por não terem levado em conta as consequências de suas ações?
Vejamos, Hebreus 10:30,31
Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
III- A IGREJA QUE REPELE A MENTIRA
1- Uma igreja temente.
O preço caro que aquele casal pagou por sua ganância, trouxe a igreja um grande temor.
A palavra temor possuí dois significados dependendo do contexto.
Temor de medo, apreensão, pavor.
Temor de reverência, respeito.
No contexto do capítulo cinco de Atos, esse temor trouxe à igreja um sentimento de reverência e respeito.
Respeito pelos apóstolos
Respeito pela obra realizada.
Respeito pelo Espírito Santo.
Referência ao Senhor Jesus.
O julgamento de Deus, além do fato de punir o pecado do casal, serviu para mostrar quão séria é a Igreja de Deus. Ninguém pode agir na Igreja de Deus da forma que achar mais conveniente, pensando que não estará sujeito ao julgamento divino.
Vejamos, Lucas 8:17
Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.
2- Uma igreja forte.
Uma igreja santa, que trata o pecado como pecado e não arranja desculpas para justificá-lo, é uma igreja forte.
Vejamos, Atos:5:12
E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão.
Uma igreja fraca, anêmica por falta de disciplina espiritual e que aprendeu a tolerar o pecado em seu meio, torna-se inoperante.
Vejamos, 1 Pedro 1:15,16
mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
CONCLUSÃO
É possível um crente pecar e se acostumar com o pecado sem se arrepender. É possível que ele encontre até mesmo justificativas plausíveis para comportamentos notadamente pecaminosos. Contudo, uma coisa é certa: não é possível escapar do juízo divino. No caso da igreja de Jerusalém, o juízo divino veio de forma rápida e precisa. Contudo, em outros, como no caso de Corinto, o apóstolo Paulo cobrou uma ação enérgica por parte da igreja que havia se tornado tolerante em relação ao comportamento pecaminoso de um crente (1 Co 5.1-13). Em outra situação, Paulo deixou claro que Deus exerceu seu direito de juiz com aqueles que haviam pecado (1 Co 11.30-32). Fica o alerta: ninguém é capaz de enganar a Deus.