segunda-feira, 14 de julho de 2025

Lição 02: A Igreja de Jerusalém – Um modelo a ser seguido | 3° Trimestre de 2025

 Classe: Adultos

Revista 3° Trimestre De 2025.

TEMA:  A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja em meio às Perseguições


PALAVRA-CHAVE: MODELO

A palavra modelo tem suas raízes no latim. Ela deriva de modellus, um diminutivo de modus.

  • Modus significa "medida", "maneira", "modo", "regra", "limite" ou "padrão".

Assim, modellus pode ser entendido como "pequena medida" ou "pequeno padrão".

Com o tempo, o termo evoluiu para designar algo que serve como exemplo, padrão ou representação de algo a ser imitado, copiado ou seguido. 



TEXTO ÁUREO

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)


VERDADE PRÁTICA

A igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se exemplo para as demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente bíblicas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.37-47


INTRODUÇÃO

Por ser a Igreja-mãe, Jerusalém torna-se o modelo para as demais igrejas que foram implantadas. É de Jerusalém que partem as decisões que buscam, por exemplo, disciplinar e padronizar determinadas práticas cristãs. A igreja de Jerusalém já nasce forte! Sendo de origem divina, cheia do Espírito Santo e supervisionada pelos apóstolos, essa igreja é bem alicerçada. Isso fica claro no ministério da Palavra, a quem os apóstolos se devotaram inteiramente e ao exercício dos diversos dons que abundavam no seu meio. É, portanto, uma igreja da Palavra e do Espírito. E mais – é uma igreja onde a observância das ordenanças de Cristo é praticada na esfera do culto cristão. Assim, a igreja cristã primitiva exibe marcas que se tornaram um padrão para todas as igrejas em todas as épocas e lugares.


Objetivos da lição:

I) Explicar os fundamentos da Igreja de Jerusalém;

II) Reconhecer a importância do batismo e da Ceia do Senhor corno símbolos essenciais da fé cristã;

III) Aplicar os princípios da Igreja de Jerusalém à vida da igreja atual, enfatizando a prática espiritual, o acolhimento e a adoração.


I- UMA IGREJA COM SÓLIDOS ALICERCES

1- Uma igreja com fundamento doutrinário. 

Vejamos, Atos 1:2,3

Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;

Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas infalíveis, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. 


A igreja genuinamente cristã é aquela que tem um fundamento doutrinário sólido, baseado nos ensinos dos apóstolos

A igreja deve ser capaz de doutrinar seus membros para que eles reflitam o caráter de Cristo

Uma igreja que não segue as doutrinas da palavra de Deus, que não prática a doutrina e não ensina doutrina, tende ao fracasso.

Como fundamentar na igreja a doutrina bíblica?

  • Através do culto de ensino.

  • Através da Escola bíblica dominical.

  • Através da Escola teológica.

  • Através de reuniões de estudos.

2- Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). 

Atos 2:42

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações


A perseverança na doutrina dos apóstolos era fundamental para o discipulado e crescimento da igreja primitiva de Jerusalém

A palavra "doutrina" (dídaché) significa ensinar e instruir, portanto o discipulado eficaz envolve a capacidade de reproduzir e transmitir os ensinamentos recebidos do Mestre (Cristo, através dos apóstolos)

A pior falha de uma igreja, ocorre quando ela falha em ser discipulada (responsabilidade do pastor) e, consequentemente, em disciplinar outros (responsabilidade da igreja).


3- Uma igreja relacional e piedosa. 

A Igreja de Jerusalém, era o modelo para os cristãos, porque era caracterizada por dois pilares essenciais:

-Relacionamentos interpessoais fortes.

-Vida de oração piedosa.


A palavra grega koinonia, traduzida como "comunhão" em (Atos 2:42), refere-se especificamente à dedicação dos primeiros cristãos à construção de bons relacionamentos

A igreja de Jerusalém se destacava por sua constante prática de oração. 

Seguindo o exemplo da igreja de Jerusalém, uma comunidade cristã vai além de atividades sociais e doutrinas, ela deve ser moldada por conexões genuínas de uma profunda vida de oração como;

  • Vida de oração diária: Atos 3.1 - E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. 

  • Vida de oração para o ensino: Atos 6.4 - Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. 

  • Vida de oração intercessória: Atos 12.5 - Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. 


II– UMA IGREJA OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS

1- O Batismo. 

O batismo cristão era visto pela Igreja como um passo inicial fundamental para os convertidos. Ele enfatiza que o batismo é um símbolo público de fé e um rito de entrada para uma nova vida em Cristo. 

Para ser batizado, a pessoa precisava ter se arrependido dos pecados e crido em Jesus, demonstrando uma compreensão consciente do significado desse ato. O batismo serve como um testemunho público de conversão e de uma vida transformada em Cristo.

João 3:5

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 


Marcos 16:16

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. 


2- A Ceia do Senhor. 

A Ceia do Senhor é uma ordenança fundamental observada pela igreja de Jerusalém, conforme evidenciado em Atos 2.42 ("no partir do pão").

Atos 2.42

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.


Conhecida como "Ceia do Senhor", era uma parte central da fé cristã, levando os crentes ao cerne do Evangelho e ao amor de Deus. Os primeiros cristãos provavelmente combinavam a “Ceia do Senhor” com suas refeições diárias, para se lembrarem constantemente da morte de Jesus, fundamentando na igreja o preço pago por Jesus.

III- UMA IGREJA MODELO

1- Uma igreja reverente e cheia de dons. 

A igreja de Jerusalém era um modelo a ser seguido, caracterizada principalmente por dois aspectos:

  • Reverência e Temor a Deus: A igreja possuía um profundo senso de respeito e reverência pelo sagrado, indicando uma forte percepção da presença de Deus entre eles.

Atos 2.43

E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.


  • Manifestação dos Dons Espirituais: Milagres, sinais e maravilhas, que são identificados como dons do Espírito Santo, eram comuns e ornamentavam a igreja primitiva.

Romanos 15:19

Pelo poder dos sinais e prodígios, e pelo poder do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Cristo. 


A igreja atual deve aprender com a igreja de Jerusalém, recuperando o respeito pelo sagrado e buscando a manifestação dos dons espirituais.

2- Uma igreja acolhedora. 

Vejamos, Atos 2.44

E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.


O acolhimento é uma característica fundamental para uma igreja relevante. 

O texto destaca que, para ser significativa, uma igreja precisa ser acolhedora, utilizando a igreja de Jerusalém como exemplo, onde os membros compartilhavam tudo e se sentiam parte da comunidade. O desafio é superar a tendência humana de se fechar e, em vez disso, abrir-se para acolher a todos.

  • A igreja na atualidade que segue o modelo da igreja de Jerusalém, é uma igreja inclusiva.

  • Ela acolhe o pecador (Sem discriminação, dissenção).

  • Ela doutrina o pecador (Apresenta o evangelho de Cristo).

  • Ela não é conivente com os erros do pecador (Mudança de vida). 


3- Uma igreja adoradora. 

Vejamos, Atos 2.47

Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

A Igreja de Jerusalém era uma igreja adoradora, e o louvor que praticavam ia muito além de apenas cantar. 

  • Era uma expressão de júbilo (Lucas 2.13,20).

  • Era uma expressão de gratidão (At 3.8).

  • Era uma rendição total (Romanos 12.1)

  • Era um reconhecimento da grandeza e dos feitos de Deus (Salmos 145.5,6). 


Esse louvor era a manifestação genuína da profunda adoração, a igreja que segue o modelo da igreja de Jerusalém, não promove espetáculos.

CONCLUSÃO

Vimos, nesta lição, algumas características que marcaram a primeira igreja. Frequentemente, nos referimos a ela como a igreja Primitiva’. Vemos como sendo uma igreja ideal, modelo para todas as outras. De fato, ela é a igreja-mãe. Isso, contudo, não significa dizer que a igreja de Jerusalém não tivesse problemas. Pelo contrário, veremos em outras lições, que havia alguns bem desafiadores. Nada, contudo, que tire o seu brilho e nos impeça de nos espelharmos nela.


segunda-feira, 7 de julho de 2025

Lição 01: A Igreja que Nasceu no Pentecostes - 3 Trimestre 2025 -Prof. André Bernardo.

 Classe Adultos

Revista: 3° Trimestre De 2025.

Tema: A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja em meio às Perseguições.

Comentarista: Pastor José Gonçalves 


Palavra chave: Pentecostes.

O termo "Pentecostes" vem do grego pentēkostḗ, que significa "quinquagésimo". Essa denominação faz referência ao fato de a festa ser celebrada cinquenta dias após a Páscoa.

Originalmente, no Antigo Testamento, a festa era conhecida por outros nomes na tradição hebraica:

  • Festa da Colheita.

  • Festa das Semanas.

  • Dia das Primícias dos Frutos.


  • Para os judeus, Pentecostes também celebrava a entrega da Lei (Torá) a Moisés no Monte Sinai, cinquenta dias após a saída do Egito, marcando a aliança de Deus com seu povo.


  • No Novo Testamento, a festa de Pentecostes assume um novo e central significado para os cristãos. 


  • Evento que marca oficialmente o nascimento da Igreja e a Lei que antes foi dada ao povo por escrito, agora ela é inserida no coração dos cristãos de forma espiritual.


  • A descida do Espírito Santo, ocorreu em termos aproximados, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus e dez dias após a sua ascensão aos céus, com a promessa de retornar para buscar sua igreja.



Texto áureo.

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, con-

forme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2.4)


Verdade prática.

A lgreja nasce no Pentecostes capacitada pelo Espírito para cumprir sua missão.


Leitura Bíblica em Classe.

Atos 2:1-14


Introdução.

A igreja nasceu no dia de Pentecostes. Esse evento marcou o início de uma nova era: a era da Igreja. O Pentecostes era uma das festas mais importantes dos judeus e aconteciam cinquenta dias depois da Páscoa. Foi nesse dia especial que Deus derramou o Espírito Santo sobre todos os discípulos, batizando-os. O derramamento do Espírito no Pentecostes marca o início da Igreja como uma comunidade de profetas, como foi profetizado por Joel (JI 2.28). No livro de Atos, Lucas ensina que esse acontecimento tinha um significado especial para o fim dos tempos, pois já havia sido anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Além disso, o Pentecostes foi uma prova clara de que Jesus havia ressuscitado. O propósito desse derramamento do Espírito Santo foi dar poder à Igreja para testemunhar de Cristo ao mundo e levá-la à verdadeira adoração. Isso é o que veremos nesta lição.


Objetivos.

I) Apresentar a natureza do Pentecostalismo Bíblico;

Il) Enfatizar o propósito do Pentecostalismo Bíblico;

III) Elencar as características do Pentecostalismo Bíblico.


I- A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO


1- De natureza divina. 

Atos 2: 2,3

E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 

O objetivo e a ideia central do texto é explicar as manifestações da presença de Deus (teofanias) durante o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, comparando-as com a revelação de Deus no Monte Sinai.

Êxodo 19:16

E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de trombeta mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. 


O texto destaca que tanto no Pentecostes quanto no Sinai, Deus se revelou de forma visível e audível, através de fenômenos.

  • Como som (vento impetuoso, trovões), 

  • Como fogo (línguas de fogo, grande fogo).

  • Como a voz (voz de Deus). 

Essa comparação serve para reforçar a ideia de que os sinais observados no dia de Pentecostes eram, de fato, manifestações inequívocas da presença e ação de Deus, assim como foram no Monte Sinai quando a Lei foi entregue a Moisés.

2- Um evento paralelo ao Sinai. 

O Pentecostes foi um evento de suma importância, comparável, mas superior, à experiência do Sinai na história do povo de Deus.

  • No Sinai, a letra da Lei foi escrita e apresentada ao povo de Deus em tábuas de pedra.

Deuteronômio 9:10,11

E o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus; e nelas estava escrito conforme a todas aquelas palavras que o Senhor tinha falado convosco no monte, do meio do fogo, no dia da assembleia.

Sucedeu, pois, que ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança. 


  • No Pentecostes foi superior ao Sinai porque a Lei foi escrita nos corações.

Jeremias 31:33

Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 


2 Coríntios 3:3

Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. 


  • No encontro no Sinai, a presença de Deus se manifestou com a entrega da Lei escrita em tábuas de pedra.

No Pentecostes houve uma manifestação ainda mais gloriosa e transformadora: a Palavra de Deus sendo escrita nos corações dos crentes pelo Espírito Santo. Isso demonstra uma transição de uma aliança baseada em mandamentos externos para uma em que a lei divina é internalizada e vivida.

3- Centrada em Cristo e nos tempos finais. 

A manifestação do Espírito Santo demonstra a conexão intrínseca entre o Pentecostes e Jesus Cristo.

Fica claro que o derramamento do Espírito Santo está diretamente ligado aos eventos da vida de Jesus: Sua morte, ressurreição e ascensão.

O Pentecostes é o cumprimento de um plano divino que tem Cristo como seu pivô central e que se insere no plano escatológico de Deus para os tempos finais.

O texto desenvolve essa ideia ao mostrar que:

  • Cristocentrismo do Pentecostes: Pedro, em sua pregação, conecta diretamente o derramamento do Espírito Santo à obra redentora de Jesus (Atos 2.23,24, 32,33). A ausência da cruz de Cristo esvaziaria o Pentecostes de seu verdadeiro significado.

  • Cumprimento Profético: O Pentecostes é apresentado como a concretização da profecia de Joel (Joel 2.28), onde Deus prometeu derramar Seu Espírito sobre toda a humanidade.

  • Significado Escatológico: A expressão "nos últimos dias" (Atos 2.17) utilizada por Pedro indica que o Pentecostes é um evento com relevância para os tempos finais, parte do plano maior de Deus para a humanidade.

O Pentecostes não é um evento isolado, mas uma peça crucial no plano de salvação de Deus, que culmina em Cristo e aponta para os eventos finais.

II- O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO


1- Promover a verdadeira adoração. 

Atos 2:11

Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. 



O objetivo central do texto é destacar que o Pentecostes, apesar de suas manifestações externas como (som, vento, fogo), tem como propósito principal a produção interna de verdadeira adoração e louvor a Deus na vida do crente.

É desviar o foco das manifestações do Pentecostes para o seu verdadeiro propósito bíblico: a adoração genuína

O objetivo do Pentecostes reside na transformação interna que leva o indivíduo a magnificar a Deus.

A adoração é um fruto essencial da experiência pentecostal, onde as pessoas ouviam as grandezas de Deus em suas próprias línguas. Uma experiência para judeus e não judeus

Vejamos Atos 10.46

Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. 


Vejamos 1 Coríntios 14.17

Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. 


Em resumo, o texto defende que "o Pentecostes que não adora não é bíblico", e que o "fogo pentecostal promove o verdadeiro louvor".

2- Poder para testemunhar. 

Vejamos, Atos 2:20

O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; 


Qual a verdadeira finalidade do Pentecostes para a Igreja?

A ideia central é que, embora o Pentecostes tenha um significado relacionado aos "últimos tempos" (escatológico), ele não deve levar a Igreja a uma atitude de fuga ou isolamento do mundo. Pelo contrário, o Pentecostes capacitou os crentes com poder para testemunhar e cumprir sua missão neste mundo até o retorno de Cristo, em vez de se isolarem à espera de Sua volta. A Igreja, mantém a esperança na volta de Jesus, agindo ativamente no presente, usando o poder recebido para sua missão evangelizadora.

III- CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO


1- Uma experiência específica. 

Vejamos, Atos 1.5,8

Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. 


O objetivo principal do texto é demonstrar que o batismo no Espírito Santo, conforme descrito em Atos dos Apóstolos, é uma experiência distinta da salvação (regeneração).

Mesmo pessoas já salvas e regeneradas, como os discípulos de Jesus antes do Pentecostes, necessitavam e receberam uma experiência adicional: o batismo no Espírito Santo. Este evento, que ocorreu no dia de Pentecostes, é apresentado como um derramamento do Espírito capacitando os crentes, e não como o ato que os torna salvos. A obra salvífica de Jesus na cruz é apontada como a provisão para essa bênção pentecostal.

Atos 2:33

De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. 


2- Uma experiência definida e contínua. 

Vejamos, Atos 2:4

E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. 


O objetivo principal do texto é afirmar que a evidência inicial e principal do batismo no Espírito Santo é o falar em outras línguas.

Embora o enchimento do Espírito Santo possa trazer manifestações como alegria ou amor, a Bíblia aponta o falar em línguas como o sinal distintivo e incontestável de que uma pessoa foi batizada no Espírito (Evidência física).

Foi essa manifestação específica do Batismo no Espírito Santo que convenceu os crentes judeus de que os gentios também haviam recebido o Espírito Santo.

Atos 10:44-46

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.

E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.

Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. 


3- As línguas e o amor. 

O falar em outras línguas é o sinal primordial e objetivo do batismo no Espírito Santo, e não sentimentos subjetivos como grande alegria ou um amor afetuoso.

Vejamos o que Paulo nos ensina, em Romanos 5:5

E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 


O texto argumenta que, embora o amor de Deus seja derramado no coração pelo Espírito Santo, para uma igreja pentecostal, o amor é um sinal de crescimento e maturidade em Cristo, e não uma evidência inicial do batismo no Espírito Santo.

É a salvação em Jesus que promove dentro do ser humano o desejo de amar, porque Deus nos amou primeiro, mas não caracteriza uma iniciação do batismo no Espírito, e sim, uma ação da regeneração.

1 João 4:19

Nós o amamos porque ele nos amou primeiro. 


CONCLUSÃO

Como vimos, o Pentecostes marcou o início da era da Igreja. Jesus, agora glorificado, batizou os crentes no Espírito Santo (At 2.4), e o Espírito Santo os inseriu no Corpo de Cristo, que é a Igreja (1 Co 12.13), cujo nascedouro foi no Pentecostes. Esse evento é essencial porque mostrou que Deus deseja uma Igreja capacitada para cumprir sua missão que é pregar o Evangelho ao mundo, tanto por palavras quanto por ações. No entanto, essa missão só pode ser realizada com êxito pelo poder do Espírito Santo.


Lição 02: A Igreja de Jerusalém – Um modelo a ser seguido | 3° Trimestre de 2025

  Classe: Adultos Revista 3° Trimestre De 2025. TEMA:  A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja e...