sexta-feira, 30 de maio de 2025

Lição 09: O Caminho, a Verdade e a Vida | 2° Trimestre de 2025-Prof. André Bernardo.

 Classe: Adultos.

Revista: 2° Trimestre De 2025.

TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor 

Comentarista: Pastor Elienai Cabral.


TEXTO ÁUREO

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6)


VERDADE PRÁTICA

A imagem de Jesus Cristo como o caminho, a verdade e a vida reforça a nossa fé e consolida a nossa comunhão com Deus.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 14.1-15


INTRODUÇÃO

A expressão “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” tem um significado especial para os cristãos em todo o mundo. Ela descreve de forma abrangente o Senhor Jesus na realização da obra de salvação. Por isso, iremos estudar João 14, onde consideraremos as palavras encorajadoras e as promessas de Jesus contidas neste capítulo, bem como as dúvidas e incertezas que os seus discípulos enfrentaram ao longo da jornada. Além disso, iremos explorar os três termos importantes do versículo 6: caminho, verdade e vida.


Objetivos da Lição:
I) Apresentar a dimensão bíblica do consolo e das promessas do Senhor Jesus;
II) Discernir a respeito das diferentes formas de dúvidas e incertezas, bem como as certezas e convicções na caminhada cristã;
III) Conscientizar que Jesus é o único caminho, é a verdade absoluta e a fonte de vida eterna.

I– CONSOLO E PROMESSA DO SENHOR JESUS

1- O Caminho, a Verdade e a Vida. 

Discurso de despedida.

Vejamos. João 14:4-6

⁴ Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.

⁵ Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?

⁶ Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.


  • Jesus esclarece que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém pode chegar ao Pai senão por meio d’Ele. 


  • Esta afirmação de Jesus revela que Ele é o único meio de alcançar o Pai, é a verdade que o revela e representa assim a verdadeira vida de Deus.


2- Consolo num cenário de angústia. 

Vejamos. João 14:1

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.


A palavra turbar o coração significa perturbá-lo, agitá-lo, ou seja, deixar o coração com ansiedade, preocupação ou angústia.


  • Mesmo neste contexto de dor, Jesus dirige-se aos seus discípulos com o intuito de confortá-los.


  • Apesar da intensa pressão emocional e espiritual que enfrentava, Ele revela que o sofrimento pelo qual iria passar traria o bem para todos.


  • Aquilo que parecia uma derrota era, na verdade, uma vitória; um fim trágico transformava-se num glorioso começo.


3- Uma promessa gloriosa. 

Vejamos. João 14:2

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.


  • Jesus declarou que o caminho de Deus leva às moradas celestes (o Céu), preparadas para os seus seguidores.


  • Esta realidade espiritual futura proporciona uma esperança gloriosa para os santos.


  • Apesar dos tempos trabalhosos pelos quais passamos, a promessa do “Arrebatamento da Igreja” alegra e anima os corações dos fiéis. 


1 Coríntios 15:51,52

⁵¹ Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;

⁵² Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 


II– DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO

1- A dúvida de Tomé. 

No versículo 5, encontra-se a incerteza do discípulo Tomé: “como podemos saber o caminho?”. 


Tomé tinha dúvidas sobre o que Jesus havia anunciado (Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho).


A palavra dúvida significa em um estado de incerteza, indecisão ou hesitação em relação a algo. É quando você não tem certeza sobre a verdade de uma afirmação, a adequação de uma ação ou a existência de um fato.

Pode se manifestar dê:

  • Incerteza intelectual: Não saber se algo é verdadeiro ou falso.

  • Hesitação: Sentir-se apreensivo ou relutante em fazer algo.

  • Suspeita: Desconfiar de algo ou alguém.

Não é incomum que surjam dúvidas. Contudo, assim como Tomé recebeu de Jesus a resposta: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), também nós podemos ouvir estas palavras.


2- As incertezas de Pedro e Filipe. 

É notável que, tal como Tomé, Pedro e Filipe ainda não tinham as suas questões esclarecidas por Jesus. Eles também enfrentaram incertezas.


  • Incerteza de Pedro: João 13:36 - Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás. 


  • Incerteza de Tomé: João 14:5 - Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?


  • Incerteza de Felipe: João 14:8 - Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.


Devemos aprender a escutar o Senhor Jesus Cristo, Ele tem todas as repostas.

Tiago 1:19

Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. 


3- O engano de Judas Iscariotes. 

Em João 13 é revelado que nosso Senhor anunciou que um dos seus discípulos iria traí-lo. 


Revelação do traidor.

Vejamos. João 13:26-28

²⁶ Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão.

²⁷ E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse-lhe, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.

²⁸ E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto. 


  • Judas Iscariotes não conseguiu interiorizar os ensinamentos de Jesus e, por isso, não depositou fé suficiente no Filho de Deus. Assim sendo, traiu-o e vendeu-o por 30 moedas de prata.


  • Judas não reconhecia Jesus como o Salvador e Redentor da humanidade pecadora.


  • A sua visão do Messias restringia-se às questões sociais e políticas para libertar Israel da opressão romana.


  • Portanto, por meio de Judas, aprendemos a importância de não confundir as nossas prioridades enquanto seguimos a nossa jornada com Cristo.



III– CAMINHO, VERDADE E VIDA

1- “Eu Sou o Caminho.” 

Como analisado em lições anteriores, a expressão “Eu Sou” representa um título que revela a natureza divina de Jesus.


  • Jesus é o acesso singular.

  • Jesus é o acesso exclusivo.

  • Jesus é o único acesso.


Portanto, não é possível conhecer a Deus e ter comunhão com Ele fora de Jesus. Ninguém pode chegar a Deus senão mediante o Seu Filho.


Hebreus 10:19-21

¹⁹ Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,

²⁰ Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,

²¹ E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 


2- “Eu Sou a Verdade.” 

Jesus não é apenas uma parte ou fração da verdade, mas sim toda a verdade em si mesma.


  • Jesus é a verdade absoluta.

  • Jesus é a verdade incondicional

  • Jesus é a verdade plena.


Portanto, Jesus personifica a verdade que os seres humanos necessitam conhecer, uma verdade que se opõe à mentira e derruba as falsidades presentes no mundo.


João 8:31,32

³¹ Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;

³² E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 


3- “Eu Sou a Vida.” 

A vida mencionada aqui não diz respeito à existência física ou ao sopro vital, mas à vida que contrapõe à morte espiritual por meio da vida eterna concedida por Jesus.


  • Jesus é a vida espiritual obtida pela redenção no calvário. 

Romanos 6:9

Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. 


  • Jesus possui vida em si mesmo.

João 1:4

Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 


  • Jesus é a fonte de vida.

Salmos 36:9

Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz. 


  • Jesus é o doador da vida eterna.

João 3:16

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 


CONCLUSÃO

Reconhecer Jesus como o caminho, a verdade e a vida oferece-nos a oportunidade de esclarecer as nossas dúvidas e incertezas. Ter o Senhor como o caminho, a verdade e a vida proporciona consolo nos momentos difíceis da vida. Através dEle, podemos conhecer a Deus, experimentar a verdadeira liberdade e estar reconciliados em comunhão com Ele.


Reveja todos os pontos.

I– CONSOLO E PROMESSA DO SENHOR JESUS

II– DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHO COM CRISTO

III– CAMINHO, VERDADE E VIDA


quinta-feira, 29 de maio de 2025

Lição 08: Uma lição de humildade | 2° Trimestre de 2025-Prof. André Bernardo.

Classe: Adultos

Revista, 2° Trimestre De 2025

TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor 

Comentarista: Elienai Cabral


Palavra-Chave: Humildade


A palavra humildade, tem uma origem rica e interessante, ligada à própria terra. Sua etimologia remonta ao latim "Humilitas" que significa qualidade de ser humilde ou modéstia.

A humildade nos leva a uma compreensão que vai além da simples modéstia, abraçando a ideia de conexão com a realidade, receptividade ao aprendizado e reconhecimento da nossa origem comum.


TEXTO ÁUREO

“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo 13.15)


VERDADE PRÁTICA

A submissão e o serviço são características de maturidade e grandeza no percurso do crescimento espiritual do cristão.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 13.1-10
1- Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
2- E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que O traísse,
3- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus,
4- levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5- Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido.
6- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7- Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.
8- Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
9- Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
10- Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.


INTRODUÇÃO

Nesta lição, iremos analisar a narrativa do capítulo 13 do Evangelho de João. Este episódio bíblico retrata o ato de Jesus conhecido como “Lava-Pés”, onde Ele ensina, através do seu a relevância da humildade para aqueles que o seguem. Este capítulo oferece-nos uma valiosa lição sobre a humildade na vida cristã. A partir do exemplo de Jesus, somos convidados a servir o próximo de forma humilde.


Objetivos da Lição:
I) Abordar o exemplo prático e histórico de humildade dado por Cristo;
II) Correlacionar a humildade com o autoconhecimento;
III) Promover contraste entre humildade e ostentação.


I- UMA HISTÓRIA REAL SOBRE A HUMILDADE

1- O lava-pés. 

Nesta passagem do Evangelho segundo João, Jesus utilizou o exemplo de um servo da casa para transmitir uma lição sobre a humildade dentro do Reino de Deus.


  • Contexto Pascal e Ato Profético: Situado imediatamente antes da Páscoa (João 13.1), o ato de Jesus ganha ressonância, prenunciando a libertação do pecado através de seu sacrifício. A Última Ceia, transcende a celebração judaica, tornando-se a instituição da Santa Ceia, um memorial da redenção.

  • Quebra de Paradigmas: Jesus, o Mestre e Senhor, assume o papel de um servo. Essa ação deliberada desafia as noções de poder e status dentro do Reino de Deus, onde a grandeza é medida pelo serviço.

  • Humildade, Fundamento do Reino: Ao lavar os pés dos discípulos, uma tarefa considerada servil, Jesus não apenas demonstra humildade, mas a estabelece como uma virtude essencial para seus seguidores. É uma disposição ativa de servir e colocar as necessidades dos outros acima das próprias.

  • Lição para a Igreja Vindoura: A humildade, manifesta no serviço mútuo e na abnegação, torna-se um motor para o crescimento do Reino de Deus no mundo.

  • Significado Sacramental: A ação de lavar os pés, pode ser interpretada como um símbolo da purificação e do serviço que os crentes devem oferecer uns aos outros, refletindo o amor sacrificial de Cristo.

2- O desenvolvimento da história. 

No capítulo 13, o Mestre tomou uma bacia com água e uma toalha, levantou as pontas das suas vestes e atou-as à cintura.


  • Humilhação Divina: O ato de Jesus de cingir-se e lavar os pés dos discípulos demonstra uma profunda humildade. O Mestre, sendo Deus encarnado, assume o papel de um servo.

  • Quebra de Expectativas Culturais: Na cultura da época, lavar os pés era uma tarefa reservada aos servos mais humildes. Jesus ensina sobre a importância de servir uns aos outros, independentemente de posição ou status.

  • Símbolo de Purificação e Serviço: O "Lava-Pés" transcende um mero ato de higiene. Teologicamente, simboliza a purificação do pecado e a necessidade contínua de sermos "lavados" pela graça de Deus.

  • Lição de Liderança Servidora: A atitude de Jesus serve como um modelo de liderança radicalmente diferente. Em vez de buscar poder e exaltação, o verdadeiro líder, à semelhança de Cristo, se dispõe a servir e cuidar das necessidades dos outros.

  • Contexto da Última Ceia: O fato de não haver um servo disponível na casa onde a Ceia seria realizada. Ele toma a iniciativa de realizar o serviço, demonstrando proatividade e amor prático pelos seus seguidores.

3- A mudança de paradigma. 

O ensino de Jesus através do Lava-Pés é o caminho trilhado com humildade para o Reino de Deus (Jo 13.2,4).


  • Novo Ensino: Após a celebração da Ceia, um evento tradicional e único, Jesus surpreende seus discípulos com um novo método de ensino: o Lava-Pés.

  • Grandeza Espiritual: O ato de lavar os pés revela que a humildade constitui a autêntica grandeza espiritual para aqueles que seguem o Evangelho.

  • Um Gesto Simples com Significado Profundo: Jesus utiliza uma prática comum para ilustrar a importância e a aplicação da humildade na vida dos seus seguidores.

  • Prática de Valores: O texto enfatiza que a efetividade do Cristianismo e a concretização do propósito do Reino dependem da prática dos valores ensinados por Jesus.

  • O Exemplo Divino: O próprio Jesus, manso e humilde de coração (Mateus 11:29), oferece o exemplo supremo dessa virtude.

II- HUMILDADE IMPLICA AUTOCONHECIMENTO

1- Conhecendo a própria natureza. 

Jesus tinha plena consciência de quem era, entendia o seu papel e a sua relevância como Senhor e Mestre: “Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus” (Jo 13.3).

  • Inversão Deliberada de Papéis: Mesmo ciente de sua posição de Senhor, Jesus voluntariamente assume a postura de servo. Esse ato não foi uma abdicação de sua divindade, mas uma demonstração prática e pedagógica da importância da humildade para seus discípulos.

  • A Dificuldade Humana com a Submissão: O texto reconhece a natureza humana corrompida pelo pecado, que dificulta a submissão e a humildade. A tendência natural é buscar superioridade em vez de servir.

  • Jesus, Modelo e Mandamento: A ação de Jesus ("Eu vos dei o exemplo" - Jo 13.15) não é apenas uma ilustração, mas um mandamento implícito para que seus seguidores cultivem a humildade em suas relações. Ele se torna o padrão na busca por uma vida cristã autêntica

2- O exemplo deixado por Jesus. 

Pense no Verbo Divino, repleto de glória e poder, que abdica da sua majestade para vivenciar a experiência humana.


Considerando o Verbo Divino e a Teologia da Encarnação podemos analisar que:

  • A Majestade que se Humilha: O Verbo Divino, pleno de glória e poder, voluntariamente renunciou à sua majestade celestial para experimentar plenamente a condição humana.

  • A Obediência: A motivação central de Jesus, enquanto Verbo encarnado, era a obediência à vontade do Pai, conforme expresso em João 5:30.

  • União, entre o Divino e a Humanidade: Através da encarnação, o Verbo Divino se fez carne, unindo-se intrinsecamente à nossa humanidade.

O Lava-pés à Luz da Encarnação:

  • Implicação para o Serviço: O exemplo do lava-pés, considerando a identidade de quem o praticou, Jesus, deveria tornar o serviço ao próximo e a submissão à liderança fraterna em atitudes mais acessíveis.

  • Desvio da Vontade Própria: A encarnação nos convida a desviar nossa própria vontade em favor da vontade divina, seguindo o exemplo de Cristo.

O Desafio da Natureza Pecaminosa e o Apelo Paulino:

  • Resistência resultante do nosso estado: A nossa natureza pecaminosa inerente dificulta a prática genuína do serviço e o cultivo da humildade.

  • Exortação à Semelhança de Cristo: O apóstolo Paulo, em Filipenses 2:5-6, nos exorta a ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, mesmo sendo Deus, não considerou sua igualdade como algo a ser usurpado. O exemplo de Cristo, serve como modelo para alcançarmos a verdadeira grandeza através do serviço e da humildade.

3- O maior no Reino de Deus. 

O nosso Senhor percebia que existiam momentos em que os seus discípulos se preocupavam com quem seria considerado o maior.


  • A Preocupação Humana: Os discípulos de Jesus demonstravam uma preocupação terrena, refletindo uma busca por reconhecimento e poder (Lc 22.25).

  • Modelo de Humildade Divina: Jesus, apesar de sua natureza divina e igualdade com Deus (Fp 2.6 - implícito em Fp 2.5), não se apegou a essa prerrogativa, mas humilhou-se, oferecendo-se como modelo de serviço.

  • Princípios Invertidos: No Reino de Deus, a lógica do mundo é invertida: a verdadeira grandeza reside em servir, e não ser servido. (Lc 22.26-27).

  • Comunidade da Fé: Após a partida de Jesus, esse princípio deveria moldar as relações dentro da comunidade cristã, onde a busca por servir uns aos outros em humildade seria a marca da verdadeira liderança e membresia.

João 13:7 -  Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.


III- HUMILDADE X OSTENTAÇÃO

1- Uma competição silenciosa. 

Jesus estava ciente de que, entre os seus discípulos, existia uma competição discreta em busca de proeminência e liderança.

  • Proeminência Futura: A ambição dos discípulos se manifestava em suas especulações sobre a hierarquia dentro do futuro reino de Jesus. Eles ansiavam por posições de destaque ao lado do Mestre.

  • Reprovação a Competitividade: Jesus demonstra claramente que essa mentalidade de rivalidade e busca por superioridade não deve caracterizar seus seguidores. O espírito do mundo, focado em poder e status, é antitético aos valores do Reino de Deus.
    Liderança Servidora: A implicação teológica é que a verdadeira liderança no contexto do seguimento a Jesus se fundamenta no serviço e na humildade, e não na busca por exaltação pessoal. 

2- O caminho humilde de Jesus. 

Através do episódio do lava-pés, nosso Senhor revelou que o caminho dos seus discípulos não se alicerça no sucesso material, na notoriedade ou na ambição, mas sim na capacidade de servir o próximo de maneira humilde.


  • O Caminho do Discípulo: Através do lava-pés, Jesus demonstra que a essência do discipulado reside no serviço humilde ao próximo, em contraste com valores mundanos de sucesso material e ambição.

  • Dinâmica Mundana: A Igreja de Cristo, fundamentada no exemplo do lava-pés, se opõe à ostentação e à presunção, características do sistema do mundo.

  • Marca da Igreja: O serviço amoroso e humilde deve ser um traço distintivo da verdadeira Igreja de Cristo.

  • Valores Mundanos: A prática do serviço, exemplificada por Jesus, implica na ausência de disputas por poder, fama e o abandono da ambição dentro da comunidade cristã.

3- Um convite à humildade. 

A lição do lava-pés é um apelo para vivermos uma existência de humildade diante de Deus em todas as circunstâncias da vida.


  • O Convite de Cristo: A vida e os ensinamentos de Jesus em Mateus 11:29 nos convidam a aprender com Ele sobre a essência da mansidão e da humildade.

Mateus 11:29

²⁹ Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. 


  • Coração Humilde: Jesus nos chama a desenvolver um coração que se afasta das ciladas da ambição, da ostentação e do egoísmo, buscando uma postura interior de modéstia e simplicidade.

  • Convocação de Cristo: Somos convocados a internalizar e praticar os mesmos sentimentos que moldaram a vida e o ministério terreno de Jesus, conforme descrito em Filipenses.

Filipenses 2:5-8.

⁵ De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

⁶ Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,

⁷ Mas fez a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

⁸ E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. 


CONCLUSÃO

Nesta lição, abordamos a relevância da virtude da humildade para um melhor autoconhecimento. Deste modo, começamos a perceber os nossos limites e aquilo que nos diz respeito ou não. Compreendemos que a humildade se opõe a uma cultura de ostentação, à busca desenfreada pela fama e a outros objetivos que nada têm a ver com a simplicidade do Evangelho. Dessa forma, podemos seguir o caminho humilde do nosso Senhor.


Lição 12: Do julgamento à ressurreição | 2° Trimestre de 2025-Prof. André Bernardo.

  Classe: Adulto Revista 2° Trimestre De 2025. TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor TEXTO ÁUREO “E, quando J...