O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, junto com Deus Pai e Deus Filho (Jesus Cristo). Ele não é uma força impessoal ou uma energia, mas sim uma pessoa divina com intelecto, emoções e vontade. Sua natureza é plenamente divina, possuindo todos os atributos de Deus.
Atuação do Espírito Santo.
Criação e Sustentação: Ele esteve presente na criação do universo e continua a sustentar a vida.
Inspiração Bíblica: O Espírito Santo inspirou os autores da Bíblia
Encarnação de Jesus: Ele foi fundamental na concepção virginal de Jesus.
Vida e Ministério de Jesus: Jesus foi ungido e capacitado pelo Espírito Santo.
Regeneração e Conversão: É o Espírito que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo.
Santificação: Após a conversão, o Espírito Santo atua na vida do crente.
Dons Espirituais: Ele distribui dons espirituais aos crentes para a edificação da Igreja.
Habitação: O Espírito Santo reside no coração de cada crente, selando-o como propriedade de Deus.
Intercessão: Ele intercede por nós diante de Deus.
Companheiro e Consolador: Jesus prometeu o Espírito como o "Consolador" ou "Auxiliador", que estaria sempre com seus discípulos.
TEXTO ÁUREO
“ E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22)
VERDADE PRÁTICA
A promessa do Pai não se restringe a um grupo particular ou a um período específico, mas inclui todos aqueles que se arrependem e creem no Evangelho.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14.16-18,26; 16.7,8,13 ; 20.21,22
João 14
16 – E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 – o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
18 – Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
26 – Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16
7 – Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
8 – E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo. 13 – Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
João 20
21 – Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
22 – E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos analisar dois momentos significativos: em primeiro lugar, a afirmação de Jesus aos seus discípulos de que eles receberiam o Espírito Santo, que inicialmente atuaria na vida do pecador para promover a conversão (em relação ao pecado, justiça e juízo). Em seguida, estabeleceremos uma ligação entre essa visão regeneradora da Promessa do Espírito em João e a perspectiva capacitadora a respeito do Espírito, que encontramos no Livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista Lucas.
Objetivos da Lição:
I) Analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João;
II) Investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus;
III) Evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.
I- A PROMESSA DO PAI
1- Jesus enviará o Consolador.
A promessa estabelecida.
Joel 2:28,29
28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;
29 até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.
Reafirmação do Consolador Prometido: Em João 14:16, Jesus promete "outro Consolador", que é identificado como o Espírito Santo.
Habitação e Presença: O Espírito Santo "habitará convosco e estará em vós" (João 14:17), indicando uma presença contínua e íntima.
O consolador prometido irá regenerar: Em João 16:8, é revelado que o Consolador "convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo". Essa é uma função crucial do Espírito Santo, demonstrando sua atuação na regeneração e transformação das pessoas.
O consolador prometido é a Terceira Pessoa da Trindade: O texto enfatiza que o Espírito Santo é a "Terceira Pessoa da Santíssima Trindade", sublinhando sua divindade e importância.
2- O Consolador.
O Espírito Santo será nosso Consolador.
A palavra grega para "consolador" é parakletos, que significa alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder.
Um parakleto é como um amigo que atua como advogado, consultor ou assistente em momentos importantes.
A expressão "outro consolador" se refere ao Espírito Santo como uma Pessoa. O termo grego állos significa "outro", indicando que o Espírito Santo é distinto de outras pessoas da mesma natureza.
O consolador é singular. O Espírito Santo em relação às outras duas pessoas da Trindade (Pai e Filho), possui uma atuação distinta, mas em poder e natureza é igual.
3- “Não vos deixarei órfãos”.
Vejamos João 14:18
18 – Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Havia uma Relação de Cuidado
A palavra grega "órphanós," encontrada em João 14.18, significa "órfãos."
Filhinhos. Jesus frequentemente chamava Seus discípulos de "filhinhos" (João 13.33), destacando a profundidade de Seu relacionamento com eles.
Intimidade. Essa relação íntima assegurava aos discípulos que eles nunca seriam deixados órfãos, desamparados ou desprezados.
II- O ESPÍRITO HABITA OS DISCÍPULOS
1- João 20.22.
Vejamos, João 20:19-22
¹⁹ Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco.
²⁰ E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
²¹ Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
²² E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Contexto de João 20.
Aparecimento de Jesus ressuscitado: Os versículos 19 a 22 de João 20 ocorre após a ressurreição de Jesus, quando os discípulos estão reunidos e Jesus aparece glorificado no meio deles, cumprindo a promessa de ressurreição.
Amplitude da passagem: Essa seção expressa o que Jesus havia dito que não deixaria os discípulos órfãos, então anuncia no verso 21, “eu vos envio a vós”. Jesus relembra os discípulos do que havia falado antes do seu calvário e procede imediatamente confirmando o que falou.
2- O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito.
O Versículo de João 20.22, onde Jesus "assopra" sobre seus discípulos o Espírito, é um ponto de debate teológico.
A palavra grega traduzida como "Assoprar", é (Emphusao), é uma palavra que carrega um sentido de insuflar vida, espírito ou poder.
Em Gênesis 2.7: A palavra “Emphusao” é usada para descrever Deus soprando o "fôlego de vida" no homem.
Em Ezequiel 37.9: O termo “Emphusao”, aparece novamente no contexto de "assoprar sobre os mortos para que vivam".
Baseado nessas referências do “Antigo Testamento”, o ato de Jesus assoprar não é apenas simbólico, mas indica um sopro de "nova vida".
Regeneração dos Discípulos: A “Bíblia de Estudo Pentecostal”, interpreta o ato de Jesus “Assoprar o Espírito Santo” como uma obra que resultou na regeneração dos discípulos, um evento que aconteceu antes do “Dia de Pentecostes”.
3- Um episódio anterior ao Pentecostes.
Esta expressão: “Recebei o Espírito Santo”, é uma consequência direta da menção a “assoprou sobre eles”, indicando que o Espírito Santo habitou nos discípulos naquele momento específico.
A vinda do Espírito Santo em dois momentos distintos.
Primeiro: Em João 20.22: A vinda do Espírito Santo, promove “Regeneração” e “Nova Criação” nos discípulos. Isso significa que houve uma mudança interior fundamental.
Segundo: Em Atos Apóstolos 1:8 (O Pentecostes): O Espírito Santo promove nos discípulos “Capacitação” para o “Serviço”
Esta obra teve como objetivo capacitar os discípulos para pregar o Evangelho "começando em Jerusalém até aos confins da terra".
III- A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES
1- “De repente”.
Aparições de Jesus: Da Páscoa ao Pentecostes.
As aparições de Jesus descritas em João 20 ocorreram no período entre a Páscoa e o Dia de Pentecostes.
Após a Sua ressurreição, Jesus, em glória, apareceu aos seus discípulos.
Na Páscoa, Jesus foi o Cordeiro de Deus, sacrificado para a expiação.
Cinquenta dias após a Páscoa, era celebrada a Festa da Colheita, conhecida como Pentecostes.
Ao final desse dia, Jesus havia prometido aos Seus discípulos que eles receberiam poder (Atos 1:4,8).
De repente, o Espírito Santo foi derramado (Atos 2:1-4), um evento extraordinário que marcou o cumprimento da promessa de Jesus.
2- “E todos foram cheios do Espírito Santo”.
Regeneração e Batismo no Espírito Santo: Vamos entender a Diferença.
Regeneração: O Começo da Nova Vida
A regeneração é uma obra do Espírito Santo que acontece no momento da conversão (João 14:17, 16:8-10, 20:22; 2 Coríntios 5:17).
É o ato pelo qual o Espírito nos dá uma nova vida em Cristo, transformando nosso interior.
Batismo no Espírito Santo: Capacitação para o Testemunho.
Após a regeneração, os salvos precisam ser "cheios do Espírito" e "revestidos de poder" para testemunhar o Evangelho.
Teólogos, especialmente com base no livro de Atos, associam "ser cheio do Espírito" ao batismo no Espírito Santo.
Um exemplo disso é o que ocorreu em Atos 2:4, onde "todos foram cheios do Espírito Santo" e, como resultado, "começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".
Este batismo é visto como uma experiência subsequente à conversão, que capacita o crente para o serviço e o testemunho.
3- “E começaram a falar em outras línguas”.
O Batismo no Espírito Santo constituiu uma experiência profunda na vida dos discípulos já regenerados em Cristo e essa experiência não se limitou àquele único dia. O cumprimento da promessa abrangeu toda a igreja nascente naquele momento e todas as gerações futuras até à volta de Cristo
O Batismo no Espírito Santo e o Falar em Línguas.
Experiência Profunda: O Batismo no Espírito Santo foi uma experiência significativa para os discípulos que já haviam aceitado a Cristo.
Essa promessa não se restringiu aos discípulos daquela época, mas se estende a toda a igreja.
O falar em outras línguas foi uma manifestação clara dessa obra de capacitação do Espírito Santo (Atos 2:11).
Embora algumas pessoas tenham entendido as línguas faladas em seus próprios idiomas, essas eram, de fato, expressões espirituais concedidas pelo Espírito para glorificar a Deus.
Para quem falava, as línguas eram desconhecidas, mas foram compreendidas pelos ouvintes.
As línguas mencionadas por Lucas em (Atos 2:11) são consideradas uma evidência física e visível do Batismo no Espírito Santo.
CONCLUSÃO
A Promessa do Pai tem a ver com a regeneração do pecado e com a capacitação do salvo para testemunhar do Senhor Jesus em todos os lugares. Essa promessa perpassa toda a Bíblia, se manifesta completamente em Pentecostes e está presente até hoje para todos os que se arrependerem e crerem no Evangelho. Até a volta do Senhor Jesus, a Promessa do Pai pode se manifestar na vida do pecador, regenerando-o; na vida do salvo, batizando-o no Espírito Santo.
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