sábado, 22 de fevereiro de 2025

Lição 08: Jesus Viveu a Experiência Humana 1° Trimestre de 2025-Prof. André Bernardo.

 INTRODUÇÃO

O Senhor Jesus não viveu como anacoreta, ou seja, como monge ou eremita em retiro solitariamente, isolado da sociedade, e nem ensinou essa prática aos seus discípulos. Pelo contrário, a narrativa bíblica descreve que Ele teve vida social e religiosa. A presente lição pretende mostrar alguns aspectos da experiência humana de Cristo.


Palavra-Chave: Experiência

A palavra “experiência” pode ter várias definições, dependendo do contexto, vejamos alguns exemplos:

  1. Ato ou efeito de experimentar: Refere-se ao processo de realizar testes ou ensaios para obter conhecimento ou resultados específicos.

  2. Conhecimento obtido por meio dos sentidos: Envolve a percepção direta do mundo ao nosso redor através dos sentidos, como visão, audição, tato, etc.

  3. Conhecimento abrangente adquirido ao longo da vida: Refere-se à sabedoria e entendimento acumulados através das vivências e situações enfrentadas ao longo da vida1.

  4. Conhecimento específico adquirido por aprendizado sistemático: Envolve a perícia ou habilidade desenvolvida através de estudo e prática contínuos em uma área específica.


I – A EXPERIÊNCIA HUMANA NO MINISTÉRIO DE JESUS

1- Os debates com as autoridades religiosas. 

Os principais opositores de Jesus foram os fariseus, os saduceus e os herodianos. Esses debates revelam o ensino de Jesus sobre a ética, os princípios morais e as responsabilidades civis que temos.


a) Os fariseus. O nome vem do hebraico prushim que significa “separados”. Defendiam a tradição acima das Escrituras (Mateus 15.3, 6) e a separação do Estado da religião. 


Opinião dessa autoridade sobre Jesus: Formaram uma aliança com os saduceus e Herodianos para tentarem matar Jesus. O apóstolo Paulo declara que o grupo dos fariseus, ao qual pertencia antes de sua conversão, era a mais severa seita do judaísmo (Atos 26.5; Gálatas 1.14; Filipenses 3.5).


b) Os saduceus. O nome vem de Zadoque, família que detinha o cargo de Sumo Sacerdote desde Salomão (1 Reis 2.35), uma facção dentro do judaísmo (Atos 5.17). aceitavam apenas os cinco livros de Moisés, o Pentateuco, com certa reserva, pois não acreditavam em anjos, espíritos e nem na ressurreição (Atos 23.8) e rejeitavam os demais livros do Antigo Testamento. 


Opinião dessa autoridade sobre Jesus:  Eram inimigos mortais de Jesus. Uniram-se aos fariseus, superando todos os obstáculos ideológicos a fim de somar as forças e matar a Jesus.


c) Os herodianos. Eram os apoiadores da dinastia de Herodes, uma espécie de marqueteiros, buscando convencer o povo para impedir um governo direto de Roma. Foram instituídos com interesses nacionalistas e eram a favor dos impostos. 


Opinião dessa autoridade sobre Jesus: O discurso de Jesus também os incomodava. Formaram conselho com os fariseus com o propósito de matar Jesus e, assim, livrar-se dEle (Marcos 3.6). 



2- A vida social e religiosa de Jesus. 

O Mestre participava de uma vida social intensa. 

Vejamos os Exemplos:

  • A escolha dos seus discípulos como Filipe, André, Pedro e Natanael aconteceu num ambiente entre amigos. (João 1.43-46). 


  • Os amigos, vizinhos e parentes.

  1. Como Zacarias e Isabel. 

  2. Os “filhos de Zebedeu”, João e Tiago (Mateus 26.37), eram primos de Jesus;

  3. Zebedeu era um pescador da Galiléia (Marcos 1.19, 20) e marido de Salomé (Mateus 27.56; Marcos 15.40), irmã de Maria, mãe de Jesus (João 19.25).


  • Lucas descreve o desenvolvimento físico e mental de Jesus que crescia em estatura e em sabedoria (Lucas 2.40, 52). 


  • Ele interagia com as pessoas independentemente de sua condição social e espiritual, “publicanos e pecadores” (Mateus 9.10, 11), “fariseus” e “a mulher pecadora” (Lucas 7.37-39) e a mulher samaritana (João 4.9-15).


3- Características próprias do ser humano. 

Jesus nasceu de uma mulher, embora gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo. Seu nascimento, contudo, foi normal e comum como o de qualquer bebê.

Lucas 2.6-7.

E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.

E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.


O que Jesus enfrentou, estando encarnado?

  • Ele sofreu, chorou e sentiu angústia (Hebreus 13.12; Lucas 19.41; Mateus 26.37); 

  • Sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mateus 8.24; João 4.6; 19.28); 

  • Jesus morreu. A diferença é que, não ficou morto como qualquer pessoa, mas ressuscitou ao terceiro dia, passando pelo ardor da morte (1 Coríntios 15.3-4). 

  • Ainda como homem, Ele dependia tanto da oração como também do Espírito Santo (Lucas 4.1, 14; 5.16; 6.12). 


O que Jesus tinha de diferente dos demais?

  • O Senhor Jesus Cristo, em sua experiência humana, participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual.

Hebreus 4.15.

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.



II – HERESIAS QUE NEGAM A HUMANIDADE DE JESUS

1- Apolinarismo. 

Apolinário foi bispo de Laodicéia, nasceu provavelmente em 310 d.C. e morreu em 392. O Apolinarismo é a doutrina que nega que Jesus encarnado teve espírito humano. 

Em relação a Jesus, dizia que Ele possuía um “sōma humano” e uma “psychē humana”, mas não um “pneuma humano”.


O que significa cada elemento?

Os termos sōma, psychē e pneuma vêm do grego antigo e são usados para descrever diferentes aspectos do ser humano:

  1. Sōma (σῶμα): Refere-se ao corpo físico, a parte material do ser humano.

  2. Psychē (ψυχή): Traduzido como “alma”, é a sede dos desejos, emoções e apetites. Representa a vida interior e emocional.

  3. Pneuma (πνεῦμα): Significa “espírito” ou “sopro”,, refere-se ao espírito racional ou à essência espiritual do ser humano.

Em resumo.

Segundo Apolinário, o Verbo (João 1.1, 14) teria ocupado o lugar da alma na encarnação, com isso negando que Jesus tivesse espírito humano.


2- Reação da igreja. 

Vejamos a defesa da igreja contra essa doutrina de Apolinário.


  • A humanidade plena de Jesus destacada no Novo Testamento. (Lucas 24.36-40; João 2.21; Hebreus 10.10)

  • A alma e espírito de Jesus, também é destacado no Novo Testamento. (Mateus 26.38; Lucas 23.46)

  • A humanidade de Jesus é apresentada igual à de qualquer ser humano. (Hebreus 2.14,17).

  • A diferença entre Jesus e o ser humano é o pecado, Jesus nasceu e morreu sem pecado, sua constituição física e espiritual não possui a essência do pecado. (1 Timóteo 2.5)


Resultado da doutrina inventada por Apolinário.

O Apolinarianismo foi declarado heresia no Concílio da Calcedônia em 451 d.C.


Gálatas 1:8-9

Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.

Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.


3- Monotelismo. 

É a doutrina cristológica do patriarca Sérgio de Constantinopla, que ensinava haver em Cristo uma só vontade. O termo vem de duas palavras gregas, “monos, único”, e thelēma, “vontade, desejo”. 


Em resumo: Essa crença defendia que Jesus Cristo possuía apenas uma vontade, a divina, em oposição à doutrina que afirmava que Ele tinha duas vontades: uma humana e uma divina.


Qual o resultado desta doutrina?

Era uma tentativa de conciliar a teologia monofisita com o Credo de Calcedônia, que reafirmava as duas naturezas intactas, separadas e inconfundíveis em uma só pessoa, em Jesus. O Terceiro Concílio de Constantinopla em 681 considerou o monotelismo heresia. 


O que o Concílio Constantinopla em 681 d.C. reconheceu sobre a doutrina da vontade de Cristo?

  • Foi reconhecido as vontades de Cristo.

Marcos 14.36. 

E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.


  • Vontade humana em suas ações. Como caminhar, comer, beber, interagir com as pessoas são puramente humanas, produzidas pela natureza humana sob a direção divina. 

  • Ao perdoar pecados, era a manifestação da vontade de Cristo na natureza divina (Lc 5.20-22). Sofrônio, patriarca de Jerusalém, em 633, refutou o monotelismo dizendo que existe em Jesus duas vontades sendo a humana submissa à divina.



III- COMO ESSAS HERESIAS SE APRESENTAM NOS DIAS ATUAIS

1- Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós? 

Vejamos as evidências descritas no Novo Testamento.

  • Jesus visitou três países.


Primeiro: Egito. Mateus 2.14-15

E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.

 E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.


Segundo: Israel. Mateus 2:21.

Então ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel.


Terceiro: Fenícia, atual Líbano. Marcos 7:24

E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;


As Crenças que não são evidenciadas pela bíblia.

  • O movimento Nova Era ensina que Jesus esteve na Índia.

  • Os mórmons declaram que Jesus esteve nos Estados Unidos.


Em resumo, o que deve ser visto e devemos ter atenção?


Primeiro: Se a Bíblia não mencionar, devemos rejeitar essas fábulas (1 Timóteo 4.7).


Segundo: O que os Evangelhos mostram é um Jesus que foi conhecido em sua comunidade, não sendo um forasteiro (Mateus 13.55-57; João 7.15, 27, 41, 42).


2- Jesus era visto como alguém da comunidade. 

Essa invenção desses esotéricos contraria o relato dos Evangelhos (Lucas 4.22-24 “E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?

E ele lhes disse: Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum.

 E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.”), onde o Senhor Jesus é apresentado como alguém que era natural na comunidade de seu povo, Israel, e não como um estrangeiro. Sua maneira de viver e o seus ensinos refletem a cultura judaica, e nada há que se pareça com a cultura hindu: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele” (Marcos 6.2,3 “E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?

Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.”). Ora, tal atitude do povo não se justificaria se Jesus fosse um recém-chegado da Índia.


CONCLUSÃO

É nosso compromisso seguir o exemplo de Jesus no relacionamento com as pessoas. É importante que nunca nos esqueçamos os pontos essenciais da presente lição sobre a verdadeira identidade do Senhor Jesus. Ele é o Deus verdadeiro em toda a sua plenitude igual ao Pai. E como homem, em toda a sua plenitude, viveu e andou entre nós, seres humanos.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Lição 07 [ADULTOS]: As Naturezas Humana e Divina de Jesus | 1° Trimestre de 2025-Prof. André.

 Vamos ler a INTRODUÇÃO da revista.

Uma vez estabelecida definitivamente a Cristologia em Nicéia (325) e a Trindade em Constantinopla (381), surgem novas especulações teológicas em torno das naturezas de Cristo: humana e divina. Essas controvérsias deram origem ao Concílio de Calcedônia (451), hoje um bairro de Istambul, na Turquia. A presente lição é sobre o Nestorianismo e Monofisismo, dois pensamentos considerados heréticos no Concílio de Calcedônia.


Vamos analisar a Palavra-Chave proposta na lição que é: Natureza.


A palavra “natureza” tem vários significados, dependendo do contexto. Aqui estão duas deles:

  1. Essência do ser: A substância ou qualidade essencial que define algo ou alguém.


  1. Características humanas: Conjunto de traços psicológicos e espirituais que caracterizam uma pessoa.


primeiro ponto, O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS


assunto 1- “Descendência de Davi segundo a carne” 

Vejamos Romanos, capítulo 1, verso 3.

Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,


  • A Revelação de Jesus, como filho do homem.

O apóstolo está se referindo aos ancestrais de Jesus. Ele veio de uma família humana de carne e ossos, que vivia entre o povo de Israel. 

Jesus foi concebido no ventre de Maria, uma virgem de Israel, pelo Espírito Santo.


Lucas, capítulo 1, verso 35.

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.


assunto 2- “Declarado Filho de Deus em poder”. 

Vejamos Romanos, capítulo 1, verso 4.

Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,


  • A Revelação de Jesus, como filho de Deus.

Essa expressão indica a divindade de Jesus, reforçado pelas palavras “Jesus Cristo, nosso Senhor”. 


Romanos, capítulo 9, verso 5.

Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.


O Senhor Jesus era judeu, descendente de Israel e, ao mesmo tempo, é o “Deus bendito eternamente”.


assunto 3- O antigo hino cristológico. 

Vejamos Filipenses, capítulo 2, verso 5 e 6.

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,


  • O status de Cristo antes da sua encarnação.

O texto explica que, embora Jesus seja Deus, Ele não usou as prerrogativas da sua divindade durante seu ministério terreno. 


  • letra A) Mesmo que usasse essas prerrogativas, isso não seria considerado usurpação.

  • letra B) Paulo enfatiza o aspecto humano de Cristo.

  • letra C) Ele ensina claramente sobre as naturezas humana e divina de Cristo em uma só Pessoa.

  • letra D) O termo grego “morphē”, “forma”, indica uma essência imutável, então Jesus nunca deixou de ser Deus.


segundo ponto, AS HERESIAS CONTRA O ENSINO BÍBLICO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS


assunto 1- Quem foi Nestório? 

Ele foi bispo da igreja em Constantinopla entre (428-431). 


Quais as contribuições de Nestório a igreja?


  • Nestório discordava do título dado à Maria, defendido por Cirilo de Alexandria (376-444), “mãe de Deus”, em grego theotokos, “portadora de Deus”. Ele sugeriu “receptora de Deus”. 


O que Nestório reconhecia sobre Maria?


  • Maria foi a mãe do Jesus humano (Mateus, capítulo 2, versos 11 13 14 20 e 21), e não mãe de Deus, visto que Deus é eterno e Jesus sendo Deus, Maria não poderia ser a mãe de Deus. (Salmo, capítulo 90, versos 2 e capítulo 93, versos 2; Isaías, capítulo 40, verso 28. 


assunto 2- Nestorianismo. 

O que Nestório defendia?

  • letra A) A formulação dos pais nicenos. (Homens importantes na defesa do credo niceno).

  • letra B) A divindade de Cristo e a humanidade definida no Credo. (Documento que expressa as crenças fundamentais do cristianismo ortodoxo).

  • letra C) Defesa da ideia de que Jesus possuía duas naturezas, humana e divina.


Qual foi o seu argumento para essa ideia?

  • O argumento encontrado para confirmar as duas naturezas de Cristo, foi em Gênesis, capítulo 2, verso 4, comparando as naturezas de Cristo com a formação da família (homem e mulher, serão uma só carne).


Qual foi o resultado de suas ideias e seus argumentos?

  • Essa alegada afirmação nestoriana foi considerada heresia pelo Concílio de Éfeso em 431, ele foi condenado por esse concílio que o declarou herege, sendo exilado.


assunto 3- Monofisismo. 

O termo vem de duas palavras gregas monos, “único”, e physis, “natureza”. Ou seja “Natureza única”.


  • Essa doutrina afirma que as duas naturezas de Cristo são fundidas em uma só natureza.

Chama-se natureza amalgamada. O sentido de “amalgamar”, não se trata de unir, não se trata de união, mas mistura, fusão, assim, seria uma natureza híbrida, nem totalmente Deus e nem totalmente homem.


Qual resultado dessa heresia?

  • Essa heresia foi condenada no Concílio de Calcedônia, em 451.


Qual a resposta bíblica a essa heresia?

  • O Senhor Jesus é perfeito quanto à divindade (Romanos, capítulo 9, verso 5).

  • O Senhor é perfeito quanto à sua humanidade (Filipenses, capítulo 2, versos 5 a 11).

 

assunto 4- O Concílio de Calcedônia. 

O Concílio da Calcedônia foi um marco importante na história do cristianismo, pois estabeleceu uma doutrina fundamental sobre a natureza de Cristo que influenciou a teologia e a cristologia. 


O que foi discutido e definido nesse Concílio?

A formulação teológica das duas naturezas de Cristo em uma só pessoa: 

  • 1- “As propriedades de cada natureza permanecendo intactas, concorrendo para formar uma só Pessoa e subsistência; 

  • 2- Não é dividido ou separado em duas Pessoas, mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor”. 

  • 3- A encarnação do Verbo não sendo uma conversão ou transmutação de Deus em homem e nem de homem em Deus. 

  • 4- A distinção precisa entre natureza e pessoa, diz o documento. 

  • 5- A união dessas duas naturezas sendo permanente como resultado da encarnação. 

  • 6- O documento faz uma interpretação precisa das Escrituras (Isaías, capítulo 9, verso 5; João, capítulo 10, versos 30 a 37).


terceiro ponto, O PERIGO DESSAS HERESIAS NA ATUALIDADE

assunto 1- Os monofisitas. 

Quando a doutrina monofisista foi rejeitada juntamente com o nestorianismo, houve reação. Jacob Baradeus (500-578), um monge sírio, liderou o grupo monofisista e preservou a tradição siro-monofisista, conhecida como tradição jacobita. 

Ele e seus seguidores rejeitaram a decisão do Concílio de Calcedônia. 


Quem são eles hoje? 

São Igrejas ortodoxas, que rejeitaram as decisões do Concílio de Calcedônia, mantendo sua doutrina monofisista.


Principais Igrejas Ortodoxas Orientais:

  • Igreja Ortodoxa Copta (Egito)

  • Igreja Ortodoxa Etíope Tewahedo (Etiópia)

  • Igreja Ortodoxa Eritreia Tewahedo (Eritreia)

  • Igreja Ortodoxa Síria (Síria)

  • Igreja Apostólica Armênia (Armênia)

  • Igreja Ortodoxa Síria Malankara (Índia)

É importante saber quem são essas igrejas para respondermos seus questionamentos, e, sobretudo, conservar a fé em Jesus, o Deus que se fez homem o Emanuel.

  • “Deus Conosco” (Mateus, capítulo 1, versos 23);

  • O Deus “que se manifestou em carne” (primeira carta a Timóteo, capítulo 3, verso 16).



assunot 2- O kenoticismo. Do verbo grego kenoō, significa “esvaziar”. 

Vejamos Filipenses, capítulo 2, versos 7.

Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;


A doutrina kenótica afirma que Jesus, enquanto esteve na Terra, esvaziou a si mesmo dos atributos divinos. 


  • A ideia central do kenoticismo é que Jesus, ao se tornar humano, esvaziou-se de alguns de seus atributos divinos, como a onipotência, a onisciência e a onipresença, para viver como um ser humano autêntico. 


Mas Jesus revelou sua natureza divina quando esteve na Terra! Portanto, não acorreu um esvaziamento de suas prerrogativas divinas.


  • Ele agiu como Deus, pois perdoou pecados (Marco 2.5-7; Lucas 7.48),

  • Ele agiu como Deus, quando recebeu adoração (Mateus 8.2; 9.18; 15.25; João 9.38), 

  • Ele agiu como Deus, quando repreendeu a fúria do mar (Mateus 8.26, 27; Marcos 4.39). 


Portanto, somente um Deus tem esse poder. (Salmos 65.7; 89.9).


assunto 3- Mariolatria. 

O catolicismo romano adotou o termo “mãe de Deus” de Cirilo, ou seja, um pensamento anti bíblico que se desenvolveu numa teologia e permanece até hoje por conta da sua popularidade. 


  • Dizer que Maria é mãe de Deus, fere totalmente o entendimento bíblico, onde a própria Escritura Sagrada revela a verdade. Cirilo não acatou as decisões do Concílio de Calcedônia e manteve essa ideia que foi difundida no catolicismo.


Com isso aprendemos que o que é certo, entre a escolha popular nem sempre representa a verdade.

Vejamos Atos, capítulo 8, verso 9 a 11.

E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria, dizendo que era uma grande personagem;

 Ao qual todos atendiam, desde o menor até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus.

E atendiam-no, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas.


CONCLUSÃO

O Concílio de Calcedônia em 451 reafirma os dois concílios anteriores, o de Nicéia, em 325, e o de Constantinopla, em 381, ratificando os credos produzidos por esses conclaves gerais e estabeleceu definitivamente as duas naturezas de Cristo. A melhor maneira de se proteger dessas, e de outras heresias, é conhecer bem no que acreditamos, os ensinos oficiais de nossa igreja e seus respectivos fundamentos bíblicos. Isso serve como nosso referencial quando nos deparamos com doutrinas inadequadas.


Obrigado por você ter assistido nossa aula preparatória, esperamos que lhe ajude nessa caminhada de conhecimento da palavra de Deus. Conhecendo as escrituras, você conhece a Deus!


Lição 12: Do julgamento à ressurreição | 2° Trimestre de 2025-Prof. André Bernardo.

  Classe: Adulto Revista 2° Trimestre De 2025. TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor TEXTO ÁUREO “E, quando J...