Lição: 13
Classe: Adulto.
Revista: 2° Trimestre De 2025
TEMA: E o Verbo se Fez Carne – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor
PALAVRA-CHAVE: ESPERANÇA
Do latim sperare, que significa "esperar" ou "ter esperança", sua raiz se entrelaça com a ideia de aguardar com confiança, de manter-se firme na expectativa de algo bom.
Não se trata de uma espera passiva, um mero desejo sem fundamento. A etimologia de esperança sugere uma postura ativa diante do futuro, um ato de fé na possibilidade.
Pense na semente que, sepultada na terra escura, espera a chuva e o sol para brotar. Ela não sabe o dia exato, mas sua natureza intrínseca a impulsiona a aguardar com a certeza de que a vida se abrirá caminho.
TEXTO ÁUREO
“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26)
VERDADE PRÁTICA
A Ressurreição de Cristo representa o ápice da esperança cristã.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 20.19,20,24-31
INTRODUÇÃO
Chegamos à última lição deste trimestre. A palavra que a define é esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o ponto culminante da esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a nossa fé em Cristo, promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e acolher a mensagem destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a renovar a nossa esperança.
Objetivos da Lição:
I) Analisar a importância da Ressurreição de Jesus como prova de sua vitória sobre a morte;
II) Reconhecer como a presença de Jesus transforma tristeza e medo em esperança e alegria;
III) Fortalecer a convicção de que a fé em Jesus é fundamentada em sua Ressurreição e em suas promessas eternas.
I- A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO
1- “Paz seja convosco!”
Na segunda vez que Jesus se revelou aos seus seguidores, tanto homens quanto mulheres.
Como estava o ambiente quando Jesus se revelou pela segunda vez aos seus seguidores?
Quando Jesus se revelou pela segunda vez, o ambiente era de medo e reclusão. Os discípulos, incluindo homens e mulheres, estavam escondidos em uma casa em Jerusalém, com as portas e janelas trancadas, por medo da perseguição dos judeus. Já era a tarde do mesmo dia em que Maria Madalena havia relatado ter visto Jesus ressuscitado, mas eles ainda demonstravam ceticismo.
Qual era a condição dos discípulos antes e depois da segunda aparição de Jesus?
Antes da segunda aparição de Jesus, os discípulos estavam tomados pelo medo e se sentiam desprotegidos, tendo fugido para suas casas quando Jesus foi preso. Mesmo após Maria Madalena relatar ter visto Jesus, eles permaneceram céticos e escondidos. Dias depois, mesmo após terem recebido o Espírito Santo como Consolador, eles continuavam trancados no mesmo local. Ao aparecer novamente entre eles, Jesus repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.
João 20:22,23
²² E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
²³ Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.
João 20:26
²⁶ E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
2- O registro das aparições de Jesus ressurreto.
Entre a sua ressurreição e a ascensão ao Pai, que ocorreram num período de 40 dias, Jesus apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez ocasiões, começando com.
(1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18);
(2) As mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10);
(3) Depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5);
(4) Os discípulos que estavam no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). Jesus também se revelou aos
(5) Os discípulos reunidos numa casa em Jerusalém (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25).
(6) Na presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1 Co 15.5).
(7) Jesus apareceu a sete discípulos junto ao Mar da Galiléia (Jo 21).
(8) Jesus apareceu aos apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1 Co 15.6);
(9) Apareceu a Tiago, seu meio irmão (1 Co 15.7);
(10) Jesus, manifestou-se pela última vez durante a sua ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12).
Todas estas aparições confirmam o fato da ressurreição de Cristo, confirmando através destas testemunhas o cumprimento da profecia.
3- Preciosas lições.
A ressurreição de Cristo, nos apresenta lições que são a base de nossa fé.
Quais as lições da ressurreição de Cristo para a fé cristã?
R: A ressurreição de Cristo é o ponto central da fé cristã, pois, como Paulo disse, sem ela, a pregação e a fé seriam em vão. É um fato inquestionável que traz certeza e alegria, e a promessa de que os mortos em Cristo ressuscitarão e um dia seremos como o Senhor.
1 Coríntios 15:14
¹⁴ E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
1 Tessalonicenses 4:14-16
¹⁴ Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
¹⁵ Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: Que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
¹⁶ Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
II- APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA
1- O medo deu lugar à esperança.
Com a crucificação, morte e sepultamento de Jesus, o medo, a frustração e, por conseguinte, a desesperança, surgiram no coração dos seus discípulos.
Como a revelação de Jesus após sua ressurreição impactou o estado emocional dos discípulos?
R: A crucificação, morte e sepultamento de Jesus haviam gerado medo, frustração e desesperança nos corações dos discípulos. No entanto, a revelação de Jesus a eles transformou imediatamente seus rostos. Dessa forma, a esperança substituiu o medo e a frustração, pois o Cristo que venceu a morte renova a esperança e afasta a desesperança.
Lucas 24:22-26
²² É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro;
²³ E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive.
²⁴ E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram.
²⁵ E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
²⁶ Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
2- A tristeza deu lugar à alegria.
Jesus sabia dos sentimentos instalados nos corações dos discípulos “Tristeza”.
Qual foi o impacto da aparição de Jesus ressuscitado nos discípulos?
R: A aparição de Jesus ressuscitado eliminou a tristeza dos discípulos e encheu seus corações de alegria. Estar na presença de Cristo ressuscitado promove uma vida de alegria, permitindo que os crentes se alegrem no Espírito de Deus mesmo em situações difíceis.
João 20:20
E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
3- Esperança e Alegria.
As virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento, resultado da ressurreição de Cristo é a “Esperança e a Alegria”.
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Qual a importância da esperança e da alegria para a vida do cristão?
R: A esperança e a alegria são virtudes cristãs essenciais, mencionadas no Novo Testamento. Paulo associa a esperança à fé e ao amor e a alegria é parte do Fruto do Espírito. Ambas as virtudes estavam presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos. Portanto, se cremos em Cristo que venceu a morte, a esperança e a alegria devem ser evidentes na vida dos cristãos.
1 Coríntios 13:13
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
Gálatas 5:22
Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
III- APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA
1- As dúvidas dissipadas.
A aparição de Jesus, mudou o sentimento de incredulidade de seu discípulo Tomé, sendo um sentimento que impede muitas pessoas de receber os milagres, curas e viver plenamente em Cristo.
Como a dúvida de Tomé em relação à ressurreição de Jesus foi resolvida?
R: A dúvida de Tomé foi resolvida quando ele teve a oportunidade de se encontrar com Jesus e tocá-lo. Após esse encontro, todas as suas incertezas foram dissipadas, e a fé de Tomé e dos outros discípulos foi reforçada pela presença do Cristo ressuscitado.
João 20.25
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
2- Fortalecimento da fé.
Anteriormente cético, incrédulo, Tomé agora profere uma linda declaração de fé, não por simplesmente tocar em Jesus, mas pelo seu encontro. Sem um encontro verdadeiro com Jesus nos tornamos céticos, e damos lugar a emoções vazias.
O que a declaração de Tomé revela sobre a experiência com o Cristo ressurreto?
R: A declaração de Tomé, revela que ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a duvidar. Assim como Tomé, muitos céticos e agnósticos ao longo da história da Igreja, após esse encontro, passaram a afirmar sua crença em Jesus Cristo como o Deus revelado nas Escrituras, superando a rebeldia da idolatria humana.
João 20.28
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Romanos 1:21-23
Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
3- Fortalecimento da esperança.
Além de proporcionar alegria e convicção, o Cristo ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro.
Como a ressurreição de Cristo influencia nossa esperança para o futuro?
R: A ressurreição de Cristo expande nossa esperança para o futuro, pois ela é a base da promessa bíblica de que um dia os mortos ressuscitarão e receberão um corpo glorificado. Essa doutrina, essencial para o apóstolo Paulo, ensinada e defendida por ele, serve como uma antecipação da ressurreição dos salvos que já partiram e da glorificação dos nossos corpos.
Atos 24.15.
Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.
1 Coríntios 15.12-14
Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
1 Tessalonicenses 4.14
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
CONCLUSÃO
Durante este trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a divindade de Jesus. O nosso Senhor é eterno; é diferente do Pai, mas igual a Ele; é Deus em sua essência; o Criador de tudo; e, por conseguinte, a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos propósitos que o evangelista redigiu seu Evangelho: para que possais crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, ao crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).
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